Análise GP da Rússia de 2018
Ocorrido no dia 30 de setembro, o Grande Prêmio da Rússia de 2018 trouxe um grande contraste em relação ao ano anterior. A edição de 2017 foi marcada por uma corrida monótona, na qual pilotos chegaram a ficar isolados na pista, enquanto que a do ano seguinte foi recheada de ultrapassagens, principalmente dos pilotos da Red Bull, Daniel Ricciardo e Max Verstappen. Importante ressaltar que a dupla largou do 18º e 19º lugar respectivamente devido a punições por ajustes no carro (coisas que nunca vou entender na Fórmula 1 é ESSE tipo de punição).
Valtteri Bottas (Mercedes) foi o pole position, dividindo a fila com Lewis Hamilton, seu companheiro de equipe. Dada a largada, Sebastian Vettel (Ferrari) travou uma briga com o inglês, mas não saiu vitorioso. Ainda na primeira volta, Pierre Gasly (Toro Rosso) rodou na pista (no mesmo lugar que Lance Stroll, da Williams, rodou em 2017) e causou bandeira amarela. Diferente do canadense, o francês saiu do circuito e depois foi obrigado a deixar a prova. Seu companheiro, Brendon Hartley, teve problemas mecânicos e também abandonou. Mas o destaque do início da corrida foi outro piloto.
Max Verstappen ultrapassou vários carros logo nos primeiros instantes. Pouquíssimo tempo após a largada, subiu do 19º para o 13º lugar. Em 3 voltas, ele já estava na zona de pontuação, em 9º lugar. Ricciardo, em ritmo mais lento, também fazia ultrapassagens. Se tem uma frase que descreve perfeitamente essa corrida, é a de Kevin Magnussen (Haas), “nem vi Verstappen quando ele me ultrapassou”. Na 7ª volta, o jovem prodígio, aniversariante do dia, já estava em 5º e brigando por posições melhores.
Depois dos pit stops da Mercedes e da Ferrari, Verstappen assumiu a liderança da prova. Enquanto isso, a dupla da Force India, Sergio Perez e Esteban Ocon, protagonizava vários duelos, porém sem a mesma violência do GP anterior, em Singapura. Com Max em 1º e Ricciardo em 6º, a corrida viveu mais um capítulo da novela “Ordens de Equipe”.
Sabendo que Verstappen deveria parar mais tarde, a Mercedes ordenou a Bottas, 2º colocado, que deixasse Hamilton passar. O finlandês obedeceu e o fez de maneira bem clara. Bottas já havia respondido a várias perguntas sobre sua posição na equipe e sempre deixou claro que não gosta de ser considerado “escudeiro”. Quando Verstappen parou nos boxes, voltando para o 5º lugar com pneus ultramacios, Hamilton assumiu a liderança e Bottas perguntou para a Mercedes se as posições seriam mantidas. Apesar da expectativa de outra ordem de equipe (dessa vez para o finlandês ultrapassar), a escuderia manteve a estratégia e afirmou que “conversariam sobre isso mais tarde”.
Lewis Hamilton foi o vencedor, seguido por Valtteri Bottas e Sebastian Vettel. O inglês agora possui 50 pontos de vantagem sobre o alemão. Quem está no Brasil ouviu muitas reclamações do narrador Galvão Bueno sobre o tratamento da Mercedes dado a Bottas nessa corrida. Realmente, é lamentável que existam esse tipo de ordem, além de regras da FIA que limitam o movimento dos pilotos. No entanto, vale notar que houve um avanço em relação ao ano passado, pois o GP da Rússia de 2018 teve muito mais ação do que o de 2017, além de aumentar as especulações sobre o tútulo, que está mais próximo de Hamilton e mais difícil (porém não impossível) para Vettel.
Notas
Corrida: 9
Pilotos
- Lewis Hamilton: 9
- Valtteri Bottas: 9
- Sebastian Vettel: 9
- Kimi Raikkonen: 8
- Max Verstappen: 10
- Daniel Ricciardo: 8
- Charles Leclerc: 7
- Kevin Magnussen: 7
- Esteban Ocon: 9
- Sergio Perez: 9
- Romain Grosjean: 6
- Nico Hülkenberg: 6
- Marcus Ericsson: 6
- Fernando Alonso: 6
- Lance Stroll: 6
- Stoffel Vandoorne: 5
- Carlos Sainz Jr.: 5
- Sergey Sirotkin: 5
Abandonaram
- Pierre Gasly
- Brendon Hartley
Driver of the Day (escolhido pelo público): Max Verstappen
Melhor piloto: Max Verstappen
Pior piloto: Sergey Sirotkin
Escudeiro do Dia: Valtteri Bottas