Análise GP da Grã-Bretanha de 2019 | 2019 British GP Analysis
O Grande Prêmio da Grã-Bretanha de 2019 ocorreu no dia 14 de julho, aniversário dos meus queridos primos Marcus e Bruna (um beijo para eles). Assuntos pendentes vindos da corrida na Áustria protagonizaram essa etapa do campeonato. Dois grandes duelos prenderam a atenção dos espectadores, e o resultado foi surpreendente.
A pole position foi conquistada por Valtteri Bottas (Mercedes), largando ao lado do companheiro Lewis Hamilton. Charles Leclerc (Ferrari) e Max Verstappen (Red Bull) completaram a segunda fila. Após a largada, Hamilton partiu para o ataque, travando a primeira disputa da corrida. Na terceira fila do grid, Sebastian Vettel (Ferrari) passou Pierre Gasly (Red Bull) facilmente. Enquanto a dupla da Mercedes duelava entre as curvas de Silverstone, os pilotos da Haas (Romain Grosjean e Kevin Magnussen) se chocaram e deixaram a corrida algumas voltas depois.
Ainda no começo da prova, Verstappen e Leclerc se enfrentaram na luta mais acirrada do ano. O carro do holandês tinha melhor rendimento, mas o monegasco, ressentido por perder a vitória na Áustria, buscava fechar o rival de todas as formas possíveis. As câmeras praticamente se esqueceram de Hamilton e Bottas, focando unicamente na persistência do holandês. Os dois foram chamados para o pit stop no mesmo instante e houve briga inclusive nos boxes, com Max saindo à frente e perdendo a posição por um erro de curva. Segundo os narradores, o primeiro piloto da Red Bull e o segundo piloto da Ferrari iniciam nessa etapa uma grande rivalidade.
Antonio Giovinazzi (Alpha Romeo) rodou na pista e foi parar na brita, abandonando a prova. O safety car foi acionado. Muitos pilotos aproveitaram para trocar os pneus. A Ferrari, como sempre, adotou uma estratégia para beneficiar Vettel: chamou o alemão para o pit stop primeiro e demorou para chamar o monagasco. Leclerc acabou voltando em sexto lugar para a pista.
Com a saída do safety car, Gasly contrariou o esperado pela equipe e não facilitou o ataque de Verstappen. Consequentemente, Leclerc se aproximou perigosamente, mas não conseguiu passar o holandês. Depois de vencer o companheiro, Max foi à caça de Vettel, enquanto Gasly segurava Leclerc. Infelizmente, o que parecia ser a receita para um grande espetáculo resultou em uma tragédia: após ser ultrapassado por Verstappen, Vettel acelerou e enfiou seu carro atrás do holandês, tirando ambos da pista. Embora ambos tenham voltado para a corrida, as consequências foram diferentes: Verstappen voltou em quinto (posição que permaneceu até o fim) e Vettel foi para o último lugar. Os comissários analisaram o caso e puniram Vettel com 10 segundos.
Lewis Hamilton foi o vencedor, com Valtteri Bottas em segundo e Charles Leclerc em terceiro. Apesar do acidente, o GP da Grã-Bretanha (ou GP da Inglaterra) desse ano foi uma corrida emocionante. Está claro que Bottas não se considera um escudeiro e quer continuar brigando com Hamilton pelo título, o qual o inglês está muito perto de conquistar. Leclerc sai da Inglaterra com uma boa posição, mas aprendeu que não se pode correr muito com as emoções. A briga com Verstappen causou danos na lateral de seu carro e ele teria chegado em quinto se Vettel não tivesse feito uma manobra a lá Dick Vigarista. Essa corrida nos mostrou que a Fórmula 1 ainda tem muito espetáculo para mostrar.
Sebastian Vettel: o novo Dick Vigarista
Notas
Corrida: 9
Pilotos
- Lewis Hamilton: 9,5
- Valtteri Bottas: 8
- Charles Leclerc: 9,5
- Pierre Gasly: 8
- Max Verstappen: 9,5
- Carlos Sainz Jr.: 8
- Daniel Ricciardo: 8
- Kimi Raikkonen: 8
- Daniil Kvyat: 7
- Nico Hülkenberg: 7
- Lando Norris: 6
- Alexander Albon: 6
- Lance Stroll: 6
- George Russell: 4
- Robert Kubica: 4
- Sergio Pérez: 4
- Sebastian Vettel: 0 (e da próxima vez, vá jogar o carro em cima da sua avó)
Abandonaram:
- Antonio Giovinazzi
- Romain Grosjean
- Kevin Magnussen
Driver of the Day (escolhido pelo público): Charles Leclerc
Melhores pilotos: Lewis Hamilton, Max Verstappen e Charles Leclerc
Pior piloto: Sebastian Vettel